Veja como é o trote ao redor do mundo - Guia do Estudante
por Mateus
Sejam Bem-Vindos ao nosso blog! contato: uaivirgula@hotmail.com
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
A "mão boba" dá lugar à utopia
O que parecia impossível há apenas 20 dias aconteceu na sexta-feira: a rua egípcia derrubou uma ditadura de 30 anos. Realizado o impossível, vem o mais difícil, que é organizar a transição para a democracia, em um país e em uma região que têm escassa tradição democrática, se é que tem alguma.
Para começar, há um antecedente, cravado na memória coletiva do país, que dá razão à desconfiança quanto ao fato de que a saída de Mubarak por si só abra o caminho para a democracia.
Em fevereiro de 1954, um militar como Mubarak, Gamal Abdel Nasser, também viu seu governo cercado por milhares de manifestantes em seu palácio, exigindo o retorno a um governo civil, a libertação de todos os prisioneiros políticos e a restauração do Parlamento - agenda muito parecida com a de 2011.
Nasser prometeu reformas, anunciou eleições livres para junho daquele ano, e os manifestantes foram para casa. "A ação [de retirada] custou ao Egito 57 anos sem liberdades básicas", contabiliza Omar Ashour, diretor do Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos da universidade de Exeter (Reino Unido).
Esse episódio mais a visceral desconfiança do Ocidente em relação à possibilidade de que países árabes e/ou muçulmanos possam de fato se democratizarem explica a análise feita para a "Foreign Affairs" por Joshua Stacher, professor assistente de Ciência Política da Kent University e que prepara livro comparando o autoritarismo no Egito e na Síria:
"Aqueles que cercam o combatido presidente e que constituem o regime egípcio, de forma mais abrangente, asseguraram-se de que a viabilidade do Estado nunca fosse posta em questão. A instituição central do país, os militares, que historicamente influenciaram a política e têm o comando quase monopólico sobre interesses econômicos, nunca relutaram".
Não relutaram nem mesmo ante o afastamento de seu chefe, como se tratasse de entregar o anel (ou os anéis, contabilizando o vice-presidente Omar Suleiman) para preservar os dedos, evitando que o sistema simplesmente caísse na rua.
Feitas essas observações digamos pessimistas, não parece haver espaço para que a ditadura se mantenha, agora sem o ditador. Mais - e melhor: minha impressão à distância é que o que aconteceu no Egito não tem paralelo com as revoluções ocorridas no século passado ou com outros processos de democratização como os da América Latina.
Um detalhe, micro, mas micro mesmo, chama a atenção: há relatos de mulheres que contam que desde o 25 de janeiro podem circular tranquilamente pelas aglomerações sem o risco de uma "mão boba", tão característica nas localidades turísticas do Egito como as pirâmides.
Pode ser ingenuidade minha, mas uma tal mudança de mentalidade dá um ar de utopia à rebelião egípcia, capturada de resto por um de seus principais escritores, Alaa El-Aswany. Em entrevista para o "Independent" britânico, diz que "um homem verdadeiramente apaixonado se torna uma pessoa melhor", e acrescenta: "Uma revolução é algo parecido: todos os que dela participam sabem que tipo de pessoas eram antes de que começassem as manifestações e agora se sentem diferentes".
Uma segunda versão épica-idílica para a revolta aparece em texto de Assia Al-Atrouiss para "Al-Sabah" ("A Manhã", do Iraque): "Os povos não aceitam mais morrer em silêncio; aspiram viver com dignidade".
Fecha com uma frase que é prudente comprar: "Isso deixa abertas todas as hipóteses para o futuro".
Clóvis Rossi
Clóvis Rossi é repórter especial e membro do Conselho Editorial da Folha, ganhador dos prêmios Maria Moors Cabot (EUA) e da Fundación por un Nuevo Periodismo Iberoamericano. Assina coluna às quintas e domingos na página 2 da Folha e, aos sábados, no caderno Mundo. É autor, entre outras obras, de "Enviado Especial: 25 Anos ao Redor do Mundo e "O Que é Jornalismo".
Texto completo aqui.
A escolha
Dia após dia vive-se em um mundo cada vez mais orwelliano. Vivemos na democracia do politicamente correto e cada atitude, gesto e até mesmo pensamento é vigiado pelos xerifes do patrulhamento ideológico de plantão. E eles são muitos... Estão em toda parte e todo lugar. Vivemos diariamente na correria cotidiana de trabalho e pressões diversas e inclui-se aí nesse "diversas" também a posição por uma postura politicamente correta. Basta desviar-se um milímetro do caminho da verdade previamente estabelecido pelos senhores gurus do comportamento perfeito da mídia (e incluem-se aí todas as suas vertentes, seja internet, TV, rádio ou papel impresso) e como por mágica surgirão dedos lhe apontando suas faltas.
O politicamente correto diz que não se pode julgar ninguém, pois em nosso mundo evoluído e completamente relativizado cada um possui um modo de ver este mundo e sendo assim cada qual possui a sua verdade. Porém, mesmo neste mundo liberal, relativizado e sem tabus há algo que deve ser segregado e estigmatizado com força máxima ao menor sinal de aparição. Neste maravilhoso mundo novo de tecnologia e liberdade onde qualquer um deve ter o direito de demonstrar e falar abertamente, por exemplo, sobre sua "opção" sexual (que belo dia será quando começarem as passeatas pelo orgulho dos zoófilos e necrófilos!!) palavras como Hitler, Nazismo e Fascismo causam arrepios e repulsa repugnante. E ai daqueles que esboçarem, ainda que timidamente um grão de simpatia por tais substantivos. O poderoso martelo do politicamente correto descerá sobre suas cabeças com força divina; e isto é apenas o começo, pois dependendo de onde o pobre diabo que exteriorizou um pouco de seus pensamentos estiver localizado haverá uma avalanche de processos jurídicos, protestos de cidadãos indignados e toda sorte de palhaçada que a mídia se deleitará em mostrar em seus jornais. Este será o inicio de um longo martírio.
É intrigante como neste mundo pós-moderno, onde teoricamente não há certos e errados, o simples uso da liberdade de expressão, algo tão prezado e louvado nas democracias ocidentais, pode instigar sentimentos tão nefastos e atitudes ainda mais violentas. Agora, analisando-se friamente os fatos, de onde pode vir tal aversão? Com certeza décadas de ação depreciadora por parte da propaganda dos vitoriosos aliados tem um papel fundamental nisto, pois se observarmos com atenção é praticamente impossível passar um dia sequer onde não há um programa de TV sobre os diabólicos nazistas, uma semana que não haja uma nova revista na banca de jornalsobre a terrível SS ou o satânico mecanismo do holocausto... As editoras e TVs são quase sempre as mesmas, os autores, geralmente figurinhas carimbadas, as alegações, mesmo sendo as mais absurdas possíveis e que já há anos foram desmentidas até por historiadores do mainstream, continuam sendo as mesmas; e nesta lista entram os já desgastados abajures de pele humana, câmaras de gás, sabão de gordura de prisioneiros judeus e etc. A lista é grande, quase infindável... E mais interessante ainda é presenciar a reação das pessoas com este tipo de material. Lembro de uma vez, há alguns anos, quando no intervalo de almoço, estava reunido com um grupo de colegas de trabalho próximo a uma banca de jornal. Dentre as diversas revistas disposta para exibição havia uma dessas publicações infames sobre Hitler. Um dos colegas olhou, leu brevemente o título de chamada da revista e como que sendo uma grande autoridade no assunto lá tratado exclamou "Este aí está lá embaixo (apontando para o chão), queimando no inferno...". Neste momento eu me pus a pensar... Até onde eu sabia este rapaz não era nenhum grande entendido do assunto Segunda Guerra Mundial, nacional-socialismo e muito menos devia ter sequer lido uma biografia sobre Hitler, nem mesmo uma como o tão aclamado Hitler - de Joachim Fest, e mesmo assim esse rapaz se sentia quase que investido de autoridade papal para efetuar um julgamento dogmático de que o tão mal falado líder alemão se encontrava nas profundezas do inferno queimando... De onde será que veio esse julgamento? A influência não é tão difícil de imaginar e a imbecilidade de aceitar tudo passivamente, sem mover um neurônio sequer em julgamento completa o serviço.
E para aqueles que conseguirem escapar dos grilhões politicamente corretos da mídia, um mundo sombrio lhes aguarda. O que fazer, quando se chega a conclusão de que 70 anos de propaganda e toneladas de revistas, livros, filmes e programas de TV não passam de lixo tóxico não reciclável? O que fazer quando se pode realmente se libertar da cortina enfumaçada de mentiras e em um complexo processo de raciocínio lógico chegar à conclusão de que a tal atrocidade nazista e (sua maior representante) as câmaras de gás simplesmente nunca existiram e você chegar a ter simpatia com a figura de Hitler? Neste caso só existem dois caminhos a se escolher: esqueça tudo e volte à sua vida anterior, no mundo das tenebrosas fábulas holocáusticas ou conhecendo a verdade, e a verdade lhe libertando, prepare-se para trilhar um caminho sombrio, sim sombrio, pois as mentiras são muitas e seus asseclas infernais mais ainda.
Extraído do site http://www.inacreditavel.com.br/
Artigo completo aqui.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Democracias de mentirinha - Revista Aventuras na História
Levantamento estima que 41 países fazem eleições, mas são ditaduras.
por Fábio Marton
Oficialmente, só duas nações do mundo admitem que não são democráticas. Uma delas é a Arábia Saudita, que é uma monarquia absolutista, e a outra é Mianmar, governada por uma ditadura assumida. Todos os demais países dizem que seus cidadãos são livres para se expressar, e isso inclui a China, a Síria, o Irã, o Paquistão... e o Zimbábue. O caso deste país africano é exemplar. Em março, Robert Mugabe, que controla o governo desde 1980, perdeu o primeiro turno das eleições locais para Morgan Tsvangirai. Mas, por meio de intimidação, Mugabe fez com que Tsvangirai desistisse de disputar o segundo turno. Em junho, Mugabe foi reeleito com 85,5% dos votos.Por causa de exemplos como esse, não é recomendável levar em conta a opinião dos países a respeito de si mesmos. Mas existem entidades que fazem levantamentos independentes sobre o assunto. Uma das mais respeitadas é a ONG Freedom House, fundada em 1941 por Eleanor Roosevelt (1884-1962), esposa do presidente americano Franklin Roosevelt (1882-1945). No mais recente relatório do grupo, deste ano, 43 países são considerados “não-livres” (sendo que 41 deles fazem eleições, e Mianmar promete as suas para 2010), 60 são “parcialmente livres” e 90, “livres”. O Brasil era parcialmente livre desde a anistia política de 1979, e só se tornou livre em 2002, quando as eleições presidenciais provaram que temos alternância de poder.De toda forma, não deixa de surpreender que as ditaduras se digam democráticas. Esse é um sinal de que os regimes abertos estão na moda, e isso é novidade. Aristóteles (384-322 a.C.) a definia como uma forma degenerada de república. No século 20, os fascistas diziam que ela era um jeito de as pessoas medíocres oprimirem o “grande homem”. E os marxistas tratavam o regime democrático como armação burguesa. Agora, como diz Marco Antônio Villa, historiador da Universidade Federal de São Carlos, “ao menos como idéia, a democracia é vitoriosa”.
"Ditadura é o sistema de governo no qual, o que não está proibido, é obrigatório." (Enrique Jardiel Poncela)
Por Renata Gonçalves.
Reportagem Completa
Mubarak renuncia no Egito e entrega poder ao Exército, diz vice-presidente
O vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, disse nesta sexta-feira (11) em pronunciamento na TV estatal que o presidente Hosni Mubarak renunciou., após 18 dias de violentos e crescentes protestos de rua que deixaram mais de 300 mortos e 5.000 feridos.
Depois de 30 anos no poder, ele entregou o poder ao Exército, disse Suleiman.
A notícia da renúncia, exigida pelos manifestantes, foi imediatamente celebrada com festa nas ruas do Cairo e das outras grandes cidades do Egito.
Na lotada Praça Tahrir, transformada em centro nervoso dos protestos, manifestantes cantavam: 'o povo derrubou o governo'.Mubarak havia partido pouco antes para o balneário de Sharm el Sheij, no Mar Vermelho, a 400 km do Cairo, informou Mohammed Abdellah, porta-voz de seu partido, o Nacional Democrático
Mubarak, que tem uma residência no balneário, deixou a capital em meio a mais um dia de grandes protestos de rua pedindo sua saída imediata do governo.
Na véspera, ele havia anunciado a transferência de seus poderes a Suleiman, mas isso não satisfez os oposicionistas.
Nesta sexta-feira, o Exército havia soltado nota prometendo levantar o estado de emergência sob o qual o país vive desde 1981, "assim que as circunstâncias atuais terminarem".
Os militares também prometeram garantir uma eleição presidencial "livre e justa" em setembro, além de mudanças na Constituição e da proteção da nação, que vive há 18 dias uma crise política sem precedentes, com fortes manifestações de rua pedindo a renúncia imediata do presidente, de 82 anos e há 30 no poder.No comunicado, que foi interpretado como uma demonstração de apoio a Mubarak, o Exército disse que não iria perseguir os "honrados cidadãos que rechaçaram a corrupção e pediram as reformas".
O comunicado do Exército deixou claro que os militares queriam que a população encerrasse os protestos de rua e voltasse para casa.
Em Al Arish, no Sinai, confronto entre manifestantes e a polícia deixou um morto e 20 feridos.
Discurso
Na véspera, Mubarak frustrou os manifestantes que esperavam sua renúncia imediata e confirmou, em discurso na TV, que pretende continuar no governo até setembro, à frente da transição de poder. Ele também disse que iria transferir poderes ao seu vice.
Sameh Shoukr, embaixador do Egito nos EUA, explicou que Mubarak transferiu todos os poderes da presidência para seu vice, mas permanece do chefe de Estado "de jure" (de direito).
Dados do Egito (Foto: Editoria de Arte / G1)
O embaixador disse que esta versão lhe foi contada pelo próprio Suleiman.
A decisão de Mubarak de ficar durante a transição irritou ainda mais a população local. Milhares de pessoas passaram a noite na praça Tahrir.
Em um discurso de tom patriótico, Mubarak afirmou que a transição no Egito em crise vai ocorrer "dia após dia" até as eleições presidenciais marcadas para setembro. Ele prometeu proteger a Constituição durante todo o processo.
Mubarak disse que propôs emendas aos artigos 76, 77, 88, 93 e 189, e cancelou o 179, que dava poderes extras ao governo em caso de combate ao terrorismo.
O presidente afirmou que iria transferir poderes a Suleiman, segundo a Constituição, mas não esclareceu quando, até que ponto ou de que maneira isso ocorreria.
Em discurso posterior ao de Mubarak, Suleiman, -que já vinha liderando as negociações com a oposição- se comprometeu a tentar fazer "uma transição pacífica de poder" e pediu que os manifestantes acampados no Cairo voltem para casa.
A transferência de poder ao vice, segundo o ex-general, seria uma demonstração de que as reivindicações dos manifestantes estavam sendo respondidas pelo diálogo, e que as conversas com a oposição levaram a um "consenso preliminar" para resolver a crise.
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, discursa na noite desta quinta-feira (10) no Cairo (Foto: AP)
O presidente também pediu desculpas pela repressão aos protestos de rua dos últimos dias, disse que sentia muito pelas vítimas e prometeu punir os responsáveis.
Ele afirmou que compreendia e estava de acordo com as reivindicações dos jovens e também disse que "não aceitaria ordem externas", em uma referência aos constantes pedidos de líderes internacionais pela democratização do país.
'Saída honrosa'
O deputado trabalhista israelense Benjamin Ben Eliezer afirmou nesta sexta que Mubarak comentou com ele, em uma conversa por telefone na noite de quinta-feira, pouco antes de seu discurso à nação, que estava buscando uma "saída honrosa".
"Ele sabe que acabou, que é o fim do caminho. Só me disse uma coisa pouco antes de seu discurso, que procurava uma saída", afirmou Ben Eliezer à rádio militar.
Ben Eliezer, que até recentemente foi ministro do Comércio e da Indústria, é considerado o dirigente israelense mais próximo de Mubarak, a quem visitou em várias ocasiões.
Retirado de http://g1.globo.com/crise-no-egito/noticia/2011/02/em-meio-protestos-presidente-do-egito-deixa-o-cairo.html
Por Gustavo Rodrigues
Um terço dos russos acredita que o Sol gira em torno da Terra
Pesquisa revela que um terço da população russa acredita que o Sol gire em torno da Terra. Ao todo, 32% dos russos rejeitam a ideia de um sistema de planetas que se movimentam em torno do Sol, 4% a mais que em 2007, quando um estudo semelhante foi feito pelo Centro Russo de Opinião Pública e Pesquisa.
A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (10) dá destaque às superstições "científicas" do povo russo, alguns dias após o presidente Dmitri Medvedev ter defendido investimentos em programas espaciais para explorar a Lua e pontos distantes do universo.
O estudo revela ainda que 55% dos russos acreditam que a radioatividade é uma invenção humana, enquanto 29% afirmam que os seres humanos conviveram com os dinossauros.
Os números também indicam que as mulheres são mais propícias a acreditar em superstições do que os homens.
A pesquisa foi feita em janeiro com 1.600 pessoas em diferentes regiões da Rússia, e tem margem de erro de 3.4%.
A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (10) dá destaque às superstições "científicas" do povo russo, alguns dias após o presidente Dmitri Medvedev ter defendido investimentos em programas espaciais para explorar a Lua e pontos distantes do universo.
O estudo revela ainda que 55% dos russos acreditam que a radioatividade é uma invenção humana, enquanto 29% afirmam que os seres humanos conviveram com os dinossauros.
Os números também indicam que as mulheres são mais propícias a acreditar em superstições do que os homens.
A pesquisa foi feita em janeiro com 1.600 pessoas em diferentes regiões da Rússia, e tem margem de erro de 3.4%.
Mubarak deixa Cairo com a família, diz TV árabe
REUTERS
Uma alta fonte militar contatada pela Reuters não quis comentar a informação.
A Al Arabiya havia informado inicialmente ter 'notícias' de que Mubarak e a família haviam deixado o Egito.
fonte: clique aqui
Assinar:
Postagens (Atom)